Muitas vezes ouvimos vezes dizer que “velhos são os trapos”, mas a idade biológica não depende da idade cronológica.

Para alguns autores, os hábitos de vida têm muita influência na idade que cada um sente que tem. É importante salientar que o envelhecimento é um processo biológico natural, em que o corpo sofre variadas alterações que influenciam direta e indiretamente a saúde. Estas diferenças fisiológicas, psicológicas e sociais interferem no envelhecimento. Assim, a idade não é suficiente para condicionar as necessidades físicas, psicológicas e sociais de cada um/a.

Envelhecer é uma experiência comum a todos/as que têm o privilégio de viver vidas longas, sendo o processo de envelhecimento muito díspar para cada pessoa, pois é marcado de diferentes modos pelas suas vivências.

O envelhecimento deixou de ser uma questão unicamente pessoal para ter uma dimensão social. Por um lado, porque o fenómeno do envelhecimento da população é comum às sociedades modernas e, por outro, porque se tem tornado uma das maiores preocupações de muitos responsáveis. Estima-se que,  em 2050,  a relação será de um/a jovem para cinco idosos/as em todo o mundo.

As pessoas de idade são, muitas vezes, institucionalizadas por doença, pobreza, solidão e até por abandono.

As políticas de terceira idade deveriam convergir para a manutenção dos/as idosos/as, o mais possível na suas residências, recorrendo, por exemplo ao apoio domiciliário. Este apoio tem por objetivo prestar alguns serviços na própria residência do/a utente, sendo uma resposta que continua a expandir-se, permitindo ao idoso/a ficar mais tempo na sua residência.

Termino esta breve reflexão com uma frase que não é minha, mas que espelha o que sinto a propósito de um envelhecimento saudável.

“O tempo produz limitações para o corpo, mas as pessoas que se mantiverem ativas e integradas terão mais alegrias, durante mais tempo.”

Enf.ª Carmo Carnot

Diretora Técnica da Gentilcare